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Narrador pov.
Dinah, Ally e Normani voltaram para o hotel no outro dia, já que estava muito tarde para voltarem na noite anterior.
Dados aos fatos, Julian as deu o resto da semana de "folga". Sim, Julian soube por quê era impossível esconder algo assim dele.
"Ally?"
"Oi Drew."
"Tá fazendo o quê?"
"Absolutamente nada. Haha"
"Tá afim de passar a tarde comigo?"
Ponderei por um tempo, mas recebi outra mensagem de Drew antes de responder.
"Mas é claro que você tá. Te pego daqui a meia hora. "
Petulante! Eu ri disso e quase chorei por causa da preguiça de me arrumar. Peguei um short, uma blusa simples, e uma rasteira.
Me vesti, ajeitei o cabelo e fui até o saguão do hotel esperar por Drew. Quando ele finalmente chegou, mandei uma mensagem para Dinah, avisando que iria sair.
- "Mas é claro que você tá. Te pego daqui a meia hora". - Eu disse para Drew, imitando sua voz enquanto entrava no carro e ele gargalhou.
- Ah, qual é, eu não falo assim. - Ele protestou.
- Verdade. Sua voz é mais afeminada.
- Nossa Allyson. Continue partindo meu coração. - Gargalhei do drama exagerado de Drew e lhe dei um selinho. - Preciso fazer drama mais vezes.
Eu ri e lhe dei um pequeno tapa enquanto Drew dava a partida no carro.
- Então, pra onde o senhor está me levando?
- Pra onde a senhora quer ir?
- Senhorita! Me respeite!
- Okay, okay. Pra onde a senhorita quer ir?
- Hm... Não sei. São duas da tarde. Me surpreenda.
- Você já almoçou?
- Repetindo, são duas da tarde. É claro que eu já almocei.
- Tapa na cara do Drew. - Ele disse e eu ri disso por um bom tempo. - Já sei!
Drew disse e seguiu por uma estrada, me fazendo rir durante todo o trajeto, e apesar de eu estar morrendo de curiosidade, ele não quis me contar para onde estávamos indo.
- Okay, fecha os olhos.
- Sério Drew?
- Muito sério. Fecha logo ou a gente vai voltar.
- Fala sério. - Bufei e ouvi Drew rir. Fechei os olhos e ele seguiu por mais algum tempo e depois parou. Fiz questão de não calar a boca o caminho inteiro.
- Posso abrir agora?
- Por Deus Allyson, você é uma mala! E não, não pode abrir. - Ouvi uma porta abrir e Drew saiu do carro, abrindo a minha porta e tirando meu sinto de segurança. - Vem, desce. Não abre os olhos ainda.
Desci do carro e Drew me guiou por um tempo até um lugar super barulhento. Franzi o cenho. Não conseguia indentificar nenhum dos sons.
- Pode abrir. - Ele disse eu eu abri os olhos, vendo o grande parque de diversões a minha frente. Tenho certeza que meus olhos brilharam. - Olha, eu sei que isso é clichê, mas eu não sabia onde te levar e como você adora parque de diversões... - Ele disse, coçando a nuca nervosamente.
- Eu amei. Obrigada Drew. - Ele sorriu. - Okay, o que a gente tá fazendo parados aqui? Vem, vamos nos brinquedos! - Eu disse, arrastando Drew comigo.
Fomos na roda gigante, carrinho de bate-bate, montanha-russa (e eu tive que mostrar minha indentidade para provar que tinha idade o suficiente para ir. Drew quase morreu de rir.) e ainda fomos naquela barracas em que você atira nos patinhos de borracha (coitados) e se acertar, ganha um bichinho de pelúcia.
Eu não atirei, por quê fiquei com pena, mas Drew, aquele assassino de patinhos indefesos, acertou a maioria e ganhou um urso. Eu ganhei um urso, na verdade.
Saimos do parque em torno de 7:00 da noite e eu estava lutando para comer meu algodão doce.
- Aaaaah, desisto! Esse troço me odeia! - Eu disse e joguei o algodão-doce na lixeira mais próxima.
- Você mais grudou algodão-doce no cabelo do que comeu! - Drew disse rindo, enquanto colocava meu urso no banco traseiro do carro.
- Esse troço não foi feito para damas como eu. - Eu disse, tirando o algodão-doce do meu cabelo
- Aham, claro. - Ele debochou e nós deixamos o parque. - Tá com fome?
- Morrendo. - Disse, colocando a mão na barriga e fazendo uma careta.
- Pizza? - Perguntou.
- Pizza! - Levantei os braços. - Eu pareci a Camila agora, não é?
- Pareceu. - Drew respondeu rindo e logo estávamos na pizzaria.
Pedimos nossa pizza e comemos no meio de muita palhaçada. Riamos tanto que eu quase me engasguei várias vezes.
- Não aguento mais. - Eu disse, empurrando o prato.
- Nem eu. - Olhamos um para a cara do outro e rimos novamente.
Depois de muita discução sobre quem pagaria a conta, Drew acabou a pagando e me arrastou para fora da pizzaria.
- Ah qual é Drew, nós poderíamos ter dividido.
- Claro que não Allyson, tá louca? Sou um cavalheiro, eu pago a conta. - Eu ri disso, e nesse momento, acabei olhando para o outro lado da rua, onde encontrei Troy, sentado numa mesa, já que ali era um pequeno bar, me encarando. Fechei a cara e entrei no carro.
Drew deu a partida e não fez nenhuma pergunta. Tentou puxar assunto, mas meu humor havia evaporado, então, pedi para ele me deixar no hotel.
- Obrigada por tudo. Eu amei a nossa tarde. - Agradeci quando estava prestes a sair do carro.
- Por nada. Você quer que eu te acompanhe?
- Não precisa. - Peguei o urso e o beijei. - Tchau.
- Tchau. - Ele disse sorrindo e esperou eu entrar no hotel para ir embora.
Passei por Normani e ela riu por eu estar carregando um urso quase do meu tamanho. Peguei o elevador e deixei o urso no meu quarto.
Sai novamente e fui até o quarto de Camila, mas ela estava dormindo. A embrulhei e sorri ao ver a bandeija vazia. Pelo menos ela estava comendo normalmente. Apaguei as luzes e saí do seu quarto, indo ao de Lauren em seguida.
Ela estava na varanda, olhando para o nada. Parecia cansada, aposto que não está dormindo bem.
- Lauren?
- Oi Ally.
- Está tudo bem?
Ela fez um sinal positivo com a cabeça e eu me aproximei, coloquei a mão no seu ombro, e quando Lauren olhou para mim, seus olhos estavam lotados de lágrimas.
- Vem cá. - A chamei para um abraço e ela me abraçou, chorando no meu ombro. Seu choro era forte e demorou para passar. Eu me mantive ali, fazendo carinho em sua cabeça, até sentir alguns pingos de chuva.
- Vem Lauren, vamos entrar. Vai chover. - Ela assentiu e nós entramos. Eu sentei em sua cama e ela colocou a cabeça no meu colo, ainda chorando. Nem parecia a Lauren durona que eu havia conhecido.
- Dói tanto Ally, toda vez que eu lembro daquele vídeo, eu fico com nojo de mim mesma.
- Esse não é o seu único problema. - Eu disse e Lauren me olhou, confusa. - Na verdade, a causa para tanta tristeza está a três portas daqui. - Lauren levantou e sentou na cama, ajeitando o cabelo e enxugando as lágrimas.
- Não sei do quê você está falando.
- Você definitivamente sabe do que eu estou falando. Mas não vou lhe pressionar, você dirá quando estiver pronta. Mas não esqueça de uma coisa: Todos nós cometemos erros. E são eles que nos dão a chance de sermos melhores todos os dias. - Beijei sua testa e saí do quarto.
Ela precisava de um tempo para por as ideias em ordem.
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